sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Me desconectaram da matrix.

26 dias sem internet em casa, sem comunicação virtual, sem longas conversas de msn, sem aquele vicio maldito de intercalar orkut com outras paginas sucessivamente, incessantemente, doentiamente.
O primeiro dia foi fácil.
O segundo dia foi chato.
O terceiro dia eu não aguentava mais os enlatados da tv, resolvi sair de casa!
Decisão tomada! Lá fui eu, primeiramente sozinho.
Encontrei um, dois... só dois.
Estranho, algum tempo sem ir ao bar e os frequentadores logo mudam.
Tudo bem, dois amigos de bar valem mais que quatro no AA.
Desce uma... duas... três... não sei quem pagou a quarta, acabei indo pra casa tarde.
Quarto dia cheguei em casa, liguei a TV, logo me bateu a depressão. Saí de novo, fui a outro antigo ponto de encontro, e tamanha foi a surpresa, haviam muitos conhecidos, amigos, parceiros de truco. Me excedi no horário, cheguei em casa já era tarde da madrugada. Fazer o que? "Pra quem é chegado, negar não é mole". Começou a sina!
No quinto dia nem me dei ao trabalho de ir pra casa, 18:00 horas fui direto pra rua. Como é bom encontrar antigos amigos. Lá sei foi mais uma noitada a fio.
No sexto, sétimo, oitavo e todos os outros até agora foi a mesma coisa.
Estou quebrado, com um puta sono, nem consigo digitar direito e meu celular ganhou 34 novos contatos.

Conclusão: A internet nos mantém em casa, bem informados, em segurança, com dinheiro dentro da carteira e uma média de repouso saudável.

Mas quer saber?
Vou indo embora.
Tem uma legião e amigos me esperando pra começar a sexta-feira!

"Boemia.. aqui me tens de regresso..."

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Chocolate

Ela não gosta de beber.
Nunca foi atraída pelo veneno alcoolico.
Prefere os olhos sóbrios pra não perder nenhum minuto de atenção. A janela da alma, ela crê que só assim pode enxergar a realidade.
Nunca deu um trago no cigarro, mantem virgem seus pulmões.
Respirar o que lhe dá a vida, ela crê, só assim pode viver pra ver o que vem depois.

Perguntei a ela quando vai viver o presente, quando vai viver o agora.
Todo mundo precisa de um pouco de emoção, todo mundo deve ter uma valvula de escape.
Ela me falou que mantém seu segredo no chocolate, que com ele consegue meditar.
Então fui mais a fundo, perguntei se ela não precisaria relaxar.


Sem pensar ela me respondeu o obvio:
"Sexo também é bom negócio... o melhor da vida é isso ócio"

Chegamos ao ponto comum.
Não importam os meios... a gente chega no mesmo fim.
Todo mundo gosta de viver.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Rock me, baby.

O cheiro da rua é muito mais interessante que o perfume de uma boite high-society.
A bebida derramada, o chão grudento do bar. Nada paga essa vida.
O cigarro barato, a cerveja gelada, a música boa. Os piores lugares tem sempre a melhor companhia, a conversa mais interessante, a discução mais divertida.
Por isso... é por isso que quando a noite cai a gente vai pra farra. Não é marra, não é bobagem, não é suicídio. É a vida como ela é!
Experimente sair desse mundo de neon... a luz que você precisa pra ser feliz está além dessas paredes de vidro.
Lembre-se que estar vivo vai muito além de viver.
Só sabe dessa vida quem sente o gosto de ser sincero.
Não precisa ser moderno... basta ser real!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O mesmo mar.. com outro sol.

Eu ando um pouco descuidado com o blog.
Vir aqui semana passada me custou uma boa limpeza. Os link estavam cheios de aranhas e os textos todos empoeirados.
Vou fazer uma geral nisso aqui.
Hoje vou recomeçar a vida blogueira.

Pra recomeçar é necesário algo novo, ou bem atualizado. Então lá vai mais um fragmento dessa mente sem destino.


.............

Ao sumir, o sol tirou de mim um trago da esperança.
Já era sabido que o dia demoraria a voltar. Fiquei ali, fumando os filtros da saudade, praguejando sob a luz da lua. E o tempo passava lentamente, mas deixava intacta a lembrança, o cheiro, o sabor. E eu ficava lá atrás esperando o mesmo sol, o mesmo brilho, o mesmo entardecer.
E tudo foi mudando enquanto eu preservava a memória. Obsoleto!
Enfim a hora chegou, a lua sumiu e o dia nasceu.
Que descuido o meu.
O brilho era mais vivo, mais intenso, mais real.
Mas minha cabeça continuava a pensar naquele retrato, naquela magia antiquada. E eu insisti, teimoso, a crer que o tempo voltaria. Ah, que agonia.
Fui provar do novo sabor, mas o cheiro não era mais o mesmo, a quimíca não rolava no nossa lance de pele.
O pulmão nao partilhava da mesma fumaça.
Enfim entendi... é necessário mudar a praia.
Agora ando por aí, queimando de sol a sol... viajando de lua a lua.
O lance de pele tem que rolar na rua, pra sentir o sabor da realidade. Sem maldade.
As pessoas mudam... e foi preciso que eu mudasse também.

E agora as coisas caminham pro mesmo mar!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

F***-se

É muito mais complicado do que a gente imagina.
Não é a conta do celular nem a conta do boteco da esquina.
Já cansei de ter que falar sempre a minha razão, agora estou simplesmente puto. Isso inclui as coisas do coração.

Já foi o tempo da conversa mole, já foi o tempo do "tudo bem, meu bem", agora é tempo de verdades cruas, mulheres nuas, ou sei lá, as verdades as vezes se invertem. Mulheres cruas e verdades nuas também podem vir a servir.
Fodam-se as palavras bonitas, fodam-se a palavras de "baixo-calão". Eu quero que fodam-se todas as verdades, eu quero que fodam-se todas as mentiras. Eu, na realidade, quero que fodam-se todas as coisas da vida.
Eu quero simplesmente a vida em sua essencia, eu quero a mediocridade, eu quero a deslealdade, eu quero todas a imundice dessa putaria. Eu quero tudo junto num beco sem saída. E eu quero também fogos de artifíco, eu quero artifício pra todas essas regalias.
Eu quero ver todos vocês, eu quero ver todos nós com apenas uma alternativa.
Aí sim, aí quando todos se encontrarem vai ser legal.
Vai ter festa na avenida, carros de som e coisa e tal.

E quero que todo mundo se encontre, mas eu quero isso com uma unica razão.
Egoísta do caralho, eu só quero ver que destino tem o mundo, só pra achar a minha direção.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sexta-feira

Boa noite bando de bebados, putas e velhacos.

Se ainda há alguem na sede de seu lar, apronte-se, produza-se com as melhores roupas, pegue seu mais profundo desejo de diversão, dispa-se de toda moral.. dirija-se ao bar.. e vamos botar pra fuder.

Até o dia clarear!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Força e fé.

É hora de correr atrás.
Eu não tenho sete vidas, eu não posso parar. O mundo gira, o jogo vira e eu não quero apostar.
Já perdi todas as fichas, já perdi o jogo uma, duas, trez vezes ou mais, sei lá.
Agora é hora de dar as cartas, vamos ver no que é que dá.
Os dados estão rolando o tempo todo e se você quer ficar aqui, pode acreditar, você já perdeu.
Desse jeito ninguém ganha, não bate, não apanha. Não fede nem cheira, se é que você me entende. 
Chuta pro gol, bola pra frente.
Cansei de ficar na retranca.

O jogo tá virando, e eu vou correr pro abraço.














quarta-feira, 20 de agosto de 2008

21 Anos Vividos.

Mais um 20 de Agosto.
Sobrevivi!
Cheguei até aqui e tenho plena conciencia de que fiz tudo que deveria fazer.
Novamente satisfeito, mudando o mundo e vendo ele mudar.
Meio Pierrot, meio Arlequim. Foi assim que levei até agora.
As vezes sonhador, as vezes dono da razão.
Aprendi que se vive bem melhor tendo a cabeça nas núvens e os pés no chão.
Feliz aniversário, e estou feliz mesmo!
Então vamos comemorar.
Todos que fizeram parte dessa minha caminhada, beirando a estrada sem saber pra onde ir.
Declaro aqui o meu Muito Obrigado.
Mais um inverno que se passa?
Não, mais um inverno que se vive! O frio que comemora comigo todo ano um ano a mais.
Mais um 20 de Agosto, dessa vez de 2008.
21 anos vivendo em paz!

Meu planos continuam os mesmos, aqueles que conquisto pouco-a-pouco, dia-a-dia.
Ter saúde, paz, alegria, amor e muito Rock'n Roll.

Feliz aniversário.
21 anos vividos que me tornaram o que eu sou..
21 motivos pra estar satisfeito com razão.

Viví esses 21 anos como se tivesse vivido... 21!
Vale a pena reforçar. Cada coisa em seu lugar, nem menos, nem mais

Feliz Aniversário.

Beijos pra torcida.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nove minutos

Tic tac. O tempo tá correndo.
São 9 minutos.

O tempo de o bêbado pedir outra cerveja
Do fumante acender outro charuto
Do padre dar o sermão
O mesmo tempo que o trêm leva pra passar o viaduto
Os que esperam um amor contam cada um dos 540 segundos. Amargando no desejo do movimento do ponteiro acabam sentindo que passou 9 horas.
Os que já encontraram nem vêem o tempo passar, parece foram apenas 9 segundos.
Os que sonham sentam e relaxam.
9 minutos é o tempo necessário pra encontrar outro rumo.



O tempo é relativo

Veio pra visitar?

Bom dia.
Como vai você, caro leitor(a)?
O que o tráz aqui?
Quer conversar?

Senta aí, pode se sentar.
Como vai a família? Manda minhas lembranças.
E o carro novo? Já pegou a estrada?
E a namorada? Quando vão noivar? Sei lá? Há, isso é engraçado!
Conta outra. Pode contar.
Não liga não, a vizinhança não liga pro barulho.
Quer acender um charuto? Tudo bem. Mas se puder eu peço que vá até a janela.
A vista é bela? Nem me fale! Comprei esse apartamento por causa disso.
Mas já vai? Ainda é cedo! Aceita um café? Um whisky? Com gelo ou sem?
Tudo bem. Desçe dois sem gelo Marinete!? Aproveita e prepara a janta, hoje tem visita.
Ela é meu anjo da guarda, se não fosse ela eu passaria fome.(risos)
Senta aí, não faz cerimônia. Tá bom de sal? Tá legal? Gosta de pimenta?
Dois cafézinhos Marinete! Olha, sem ela eu não seria nada.
Pode ir Mari, até amanha.
Voltando ao assunto, tem trabalhado muito?
Não é facil...
Política, relião, futebol.
Mas já? Ainda é cedo.
É, eu também acordo às 7.
Da próxima vez trás a mulher pra conhecer a casa.
Sim a vista é muito boa, obrigado.

Volte sempre.
Claro, vamos fazer aquele churrasquinho. Mas tem que fazer hein, nada de ficar só no combinar.
Desta vez sai? To acreditando.
Até mais.
A louça? Que isso, deixa pra lá.
Lembranças pra família.
Pode deixar, vou mandar.

Claro que lembro, ela é linda. Da próxima vez tráz sua irma junto então, quem sabe eu levo ela pra dançar.
Há, agora fica brabo é? (risos)
Até.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

P.

É o ponto de partida, é o porto perdido, pecados planejados, pescados no precipício. Pode por à prova, eu provo que o povo pede perdão, pode parecer proposital, mas também pode ser que não. Partir do porto a ponto de pular é parecer prejudicado. Pode ser que ponha ponto final, mas pode ser um ponto de interrogação. Pra parar com a prosa, vou pular pra poesia.

Partir o peito parece prejudicial
Por isso propague a profecia
Pra parar de pensar em fazer o mal
Ponha o peito à prova,
provando prazeres, pouco a pouco no dia a dia.
Já disse o pastor na procissão
Pare de pedir mais
Ponha os pés no chão.

O descaminho proposital é a naturalidade do encontro

quinta-feira, 31 de julho de 2008

A minha lucidez é a minha insanidade

Impulsivo.

O que me move é a vontade, o desejo, o sentimento.
E tudo acaba sendo fogo pra atiçar a alma. Calma!
É isso que precisamos ter.
Mas porquê?
A minha lucidez é minha insanidade
O equilíbrio está muito além da calamidade.
Preciso encontrar o ponto, andar na corda bamba.
Nem tudo é caos.
Ora pra lá, ora pra cá.
O delírio e a adrenalina acaba me sendo normal.

É só a condição.
Pra continuar na estrada as vezes é bom andar na contra-mão.
E quem vai me dizer que é errado?

It's my way...

A vida passa, então de o seu primeiro passo.

Go ahead... Enjoy!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Amar e mudar as coisas, me interessa mais.

O tunel e a luz.
Tão distantes e tão próximos.
Já nem sei quanto tempo faz que andar no tunel nem era mais divertido, a luz que vinha era da máquina, sentir o chão tripidando e o barulho do motor nem davam medo.
Acabei dormindo, de tédio, em cima dos trilhos.
Mas acordei com um barulho diferente, pássaros talves. Como vou saber?
Tanto tempo ouvindo apenas a máquina vindo em minha direção.
Sei lá, talves fosse um trem fantasma, passou, foi embora.
A Luz ficou mais viva e mais forte. Mas ela não se move!
Eu vejo que pra alcançá-la, eu mesmo devo caminhar.
Cheguei a conclusão de que o trem é tudo aquilo que nos empurra pro penhasco, que vai afunilando as saídas. Mas descobri que ele passa e você nem sente, quando vê, você nem estava no mesmo trilho que ele, era só "pra dar a impressão". O destino tem dessas coisas.
É o desatino da percepção!
Porque a vida é muito mais que uma unica direção, você pode(e deve) manter-se forte, e se for preciso, mudar de trilho, ou talves voltar até a ultima biforcação e recomeçar o caminho. Porque em novos caminhos, sempre há novos horizontes, pode ser que você encontre o que tanto esperava. E quando isso acontece a vida tem outro sentido.
Só não fique no trilho errado, se não você perde o brilho, perde a vontade de mudar, aí o trem vem e já era.

Eu não sei se mudei, ou se apenas voltei ao caminho certo. Nem sei até quando vou seguir esse rumo.
Mas hoje eu vejo o sol.
Mesmo que pareça mais distante, é muito mais bonito. A vontade de ir de encontro é mais forte que a distância que nos separa.
E pra ver o sol basta querer mudar, basta querer amar, basta seguir a sua direção.

Como disse Belchior, e tão bem(e também) cantou Humberto.

Amar e mudar as coisas(hoje), me interessa mais.
Muito mais.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Serenata

Já passava das quatro da madrugada e ela permanecia acordada.
Angustiada olhando para a porta parecia esperar alguém, mas tudo indicava que ninguém estava pra chegar. Cortinas fechadas pra manter a privacidade. O café ainda estava na mesa, uma única xícara, farelos de pão, a faca suja e um cinzeiro cheio de bitucas ainda soltando fumaça. Na cozinha encontravam-se poucos pratos, três ou quatro, no máximo. A cama era de solteiro, apenas um travesseiro com fios de cabelo da mesma cor. Nada diferente, nada que indicasse que outra pessoas morasse ali. Ela nem havia tomado banho, vestia seu pijama amassado, cabelo despenteado, maquiagem ainda borrada do dia anterior. Definitivamente, não havia ninguém pra chegar.

O que, então, aquela mulher esperava?
"O amor" - Dizem os vizinhos.


Bobagem.
Se fosse isso ela estaria na janela.

sábado, 12 de julho de 2008

Wild

Acordei e o sol já estava alto.
Abri os olhos com dificuldade, o brilho intenso de um novo dia nunca antes tinha me cegado dessa maneira.
Comecei a me sentir preso ao ver aquilo somente através de uma janela "um por um"(1m²), e logo o desespero tomou conta de minha alma. Me senti como se o brilho estivesse fora do meu alcance, apenas me cegasse no intuito de ferir minha conciência, assim como os guardas fazem ao presos lhes mostrando boa comida e reflexos do sol que não podem ver. Me senti um presidiário sendo vítima dessa terrível atrocidade de ter negada a liberdade.
Sabia que era só abrir a porta e estaria livre, estaria pronto pra tomar banhos de sol, de pisar na grama. Mas algo dentro de mim fazia com que recuasse a cada tentativa de sentir o sabor da natureza, de sentir a pele queimando. Porque acontecia aquilo?
Não sei!

Mas eis que depois de travar uma batalha entre minha mente e meu corpo fui impulsionado pelo desejo de sentir-me vivo e pulei a janela num desesperado ato de liberdade.
Quando caí na grama senti a pele sendo esfolada, manchada pela terra, senti a grama raspando a cada centimetro do meu corpo e o sol, ah, aquele sol.
Era lindo, era extasiante me sentir parte daquela natureza.
Saindo da sombra, me senti a prórpia lua que iluminada por completo se torna mensageiroa do sol, da luz e de tantas outras coisas que não consigo expressar em palavras.

Foram horas deitado no chão cru, sentindo o perfume da relva, sentindo a sinceridade do mundo real. Basta ser sincero... pros erros cada vez mais certos basta ser sincero.
Os erros certos, nesse contexto é a negação de toda e qualquer forma de encarceragem do espírito, é a negação de qualquer opressão à alma.
Esses erros são cada vez mais certos porque cada um deles é sincero e natural.
E ainda assim são erros porque alguém nos diz que é.

Uma vez livre você será errado pra vida toda, acertando a cada passo.
Eis que surge daí um novo sentdio para o "Vagabundo Errante".

Fez-se o vento e mar,fez-se o sol.... fez-se a liberdade.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dá licença

Eu não pedi pra ser assim, eu já nasci no meio da confusão
Agora aparecem mil dedos apontados:
"Hei, garoto, você está na contra-mão!"

licença meu senhor, dá licença!
Eu não sou futuro de porra nenhuma.
Vocês querem que eu seja o salvador, vocês querem que eu salve a pátria amada, mas vocês querem que eu faça isso com a cabeça manipulada.
Um velho parasita, um estado sem noção, querem que eu seja certo, que eu pare de andar na contra-mão.
O que vocês querem eu faça é seguir o exemplo do passado:
"Cala a boca vagabundo, os pensadores serão enforcados"

Não!
Chega!
Pra mim isso não é vida.
Eu quero é fugir de tudo isso, eu só quero seguir minha sina.
Já cansei dessa merda, por isso nem leio mais o jornal.
É tudo propaganda estadista.
Querem que eu vá pra direita, querem que eu vá pra esquerda, querem decidir o rumo da minha vida.
Já parei de usar esse seu mapa, eu sei muito bem qual é o meu norte.
Chega, meus senhores, faz muito tempo que me lancei à sorte.
E o pior é que se eu tiver sorte mesmo, eu nem sei se passo dos trinta.

E vocês querem que eu me venda?
Querem que eu me renda?
Querem que eu ainda vote?

Ou vocês querem que eu me candidate???

Ah, dá licença!




Vou-me embora pra "Anarquinópolis".!

terça-feira, 27 de maio de 2008

O perfume de Alice

Ela tinha nome de perfume barato, mas seu cheiro era uma dessas coisas que só se sente uma vez na vida.
Um aroma de rosas vermelhas misturado com pimenta. Um perfume que me atingiu a alma, acertou em cheio sem que eu pudesse me esquivar.
Seus olhos pareciam ler meus pensamentos. Um olhar centrado, não era triste nem alegre, não era amor, mas também não era desprezo. Parecia que olhava pra me enxergar por dentro.
Não resisti, me entreguei naquele momento, fui fraco, fui abduzido por aquela mulher desconhecida. Não gostei do nome dela, provavelmente era um nome de mentira.
Apelidei-a de Alice, o tempero entre o real e o imaginário.
O cabelo vermelho alaranjado com seus olhos anis faziam dela uma fada.
Não sei por que eu, não sei porque!
Mas ela me escolheu, me escolheu e conseguiu o que queria.
Me usou como um objeto. Desses descartáveis.
Me jogou no lixo assim que saiu da minha casa.
Mas aquele perfume... Impregnado no meu travesseiro, na minha cama, no meu corpo. Aquele perfume ficou por horas no meu quarto.
E tudo que eu conseguia fazer era lembrar daquela mulher que, por alguns momentos, fez-me pensar somente no prazer, como se o mundo não existisse lá fora, como se tudo fosse fantasia.
O calor daquele corpo me dava calafrios, suas curvas eram feitas em perfeita simetria. Sua respiração forte e apressada me enlouquecia, sentia nossos corpos grudados, sentia suas unhas cravadas em minhas costas. Eu tinha certeza, aquilo era amor.
Amor de paixão, desses que acabam em instantes, mas que ficam marcados pra vida toda.
Assim como uma cicatriz, assim como as cicatrizes das minhas costas.

Não consigo distinguir o real daquele dia, nem sei se realmente aconteceu.
Nem sei se as cicatrizes existem. Optei por não verificar e continuar a acreditar naquela mulher.
Optei por nunca mais esquecer...

Nunca vou me esquecer do perfume de Alice.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Canceriano sem Lar.

Eram sete horas da manha, aproximadamente.
Fitava o sol nascendo, o sol me cegava.
O sol refletia minha alma. Nascendo.

Não sei o que eu fazia naquele lugar, não sei porque o sol nascia naquele lugar.
Era um lugar comum, mas o sol me cegava.
Sim... reconheci, eu estava perto de casa.
Saindo ou entrando?
Não sei. Acordei ali.

Quanto tempo se passou?
Uma noite? Um dia? Um mes? Talvez, quatro?
Quem sabe? Um ano!?
Enfim.

O sol brilhava em cada gota de orvalho do gramado.
As pessoas começavam e se dispersar.
A cidade acordava... eu nao sabia se acordava com a cidade ou iria dormir.
Eu nao sabia nem onde era minha casa. Mas uma coisa era certa, eu estava perto dela.
Por que?
Não sei... mas eu estava. Sei que já estive nesse lugar.

Que loucura.
Passa um rapaz, eu peço um cigarro. Ele nao tem.
Ele nao fuma, ninguem fuma.

"Cigarro? aqui? Eu hein!"
E saiu matutando.

E agora? Sem cigarros, sem o rumo de casa.
O que fazer?
Sentei e observei o sol nascendo.
Ao menos nesse lugar, perto de casa, o sol ainda brilha.
Foi quando alguém me trouxe uma bandeja com o café da manhã.

Foi aí que me dei conta.
Eu estava no jardim do hospital.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Minha estupidez fede a sentimento

Minha estupidez fede a sentimento.

Desde de que o mundo é mundo, o tempo é tempo.
O tempo arruma tudo. Mas o tempo passa, corre, voa.
O sentimento vem com o tempo.
O sentimento some com o tempo.

O tempo faz com que o sentimento acabe sendo apenas mais um estupido.
E sou estupido!?
O tempo fez eu ser estupido.
O tempo e o sentimento.


E eu aceito isso numa boa. Mas algo faz com que me sinta mal.
Mas um sentimento novo faz com que me sinta bem.
De novo... a estupidez de um sentimento, gera outro sentimento.
Assim como um minuto se acaba para que comece outro.

Assim o tempo passa.
Assim o sentimento muda.
Assim as pessoas vão se tornando cada vez mais estupidas.
Ou as pessoas apenas se tornam cada vez mais sentimentais?
Ou menos sentimentais?

Talvez a estupidez seja a definição pro termino do sentimento.
É a sepultura do sentimento antigo.


Deve ser isso.
O sentimento é o nascimento, a estupidez é a sepultura.
O sentimento é a vida, por isso... devemos viver com prazer o sentimento.
Devemos realmente senti-lo.
Porque quando ele morrer, vai ser apenas mais um estupido.



Humor: Humor???
Bjo na virilha!

domingo, 11 de maio de 2008

O desatino da percepção.

Foi começando pelo fim que a vida tomou forma.
Parando pra pensar é que percebi os quatro cantos dessa esfera chamada Ramon.
À minha direita, senhora e senhores, lhes apresento o amor. À minha esquerda, tirem as crianças da sala, e dêem boa noite ao temido Sonho. No fundo do palco, meus amigos, está sentada a querida Razão. E finalmente, na minha frente, como todo o glamour voces pódem ver a Ambição.


Agradeço a presença de todos, esse publico maravilhoso chamado Realidade.
Preparem-se, porque o show vai começar. Encenamos esta noite a peça espetcular chamada Vida, escrita pelo próprio apresentador.
Tudo pode acontecer nesse show, a Ambição é ótima em seu papel, quando atua com o Sonho e com o Amor deixam escondida da cena a Razão. Até que alguém do publico Realidade grite seu nome e os holofotes direcionem para o fundo do palco.
Quando isso acontece a Ambição se desconcerta, o Sonho se desespera e o Amor sente a falta de introsação no palco. Mas o climax do espetáculo se dá no momento em quem os quatro atores se vêem de frente à Realidade com tal vontade de brilhar que o público se torna a parte principal da peça. Aí tudo vira festa.


E quando as luzes se apagarem?
É porque o show chegou ao fim.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Céu ou Inferno?

Esperava o onibus num canto qualquer da cidade quando ouvi a conversa entre um homem de mais ou menos 80 anos e uma garota pouco mais velha que eu. Não que eu seja um curioso, mas eles realmente falavam alto, todo mundo que estava ali ouviu.
Enfim...
A conversa rodeava a religião, o homem convicto de suas crenças e a garota igualmente. O homem falou algo sobre o mau tempo, o frio, a inconstância climática, e a garota concordou com ele e começou a falar que essa mudanças eram o fim dos tempos, que parecia muito com algumas citações bíblicas. Ela disse que nem assistia mais o noticiário porque a desgraça tamanha não lhe fazia bem.
O velho homem concordou com a garota e reforçou que aquilo só poderia estar chegando perto do dia do juízo final. Em seguida seguiram uma longa conversa sobre o que fazer para evitar que fossem para o inferno. Como se privar de prazeres, ser um frequentador assíduo do templo, igreja, seja lá o que for.

O que me fez parar pra pensar. Será realmente o fim do tempos?
Pode ser. Mas também pode ser que o tempo esteja só no começo! Porque não uma mudança? As pessoas tendem a temer o desconhecido, o novo, o ainda não criado. Prefiro pensar que a minha vida está só no começo. O meu templo é esse mundo, entre o céu e o mar, tudo é sagrado, pra mim.
E sobre o juízo final?
As pessoas se preocupam tanto, se privam tanto com medo do julgamento divino, quando na verdade deveriam julgar-se dia após dia, por toda sua vida. Não consigo entender porque o paraíso está além do que se sente. O juizo final é constante, basta fazer o balanço geral da situação.
Você está feliz?
Você está em paz com você mesmo?
Satisfeito com a sua vida?

E aí sim decidir privar-se ou experimentar a sensação.

As vezes nos preocupamos tanto, esperamos a vida toda sem pensar em si mesmo como um animal de desejos, de vontades, de sentimentos... Só para não ir para o inferno, quando na verdade, o inferno poder ser esse mesmo, aqui e agora.
Prefiro fazer dessa vida meu paraíso. Eterno paraíso.


Não cometer o "pecado" não é o medo de morrer, é o medo de viver!



E como disse algum maluco, satirizando a situação.
"Alguns se deixam dominar pela religião, eu tenho o alcool pra confortar a minha alma."
Só pra cabar com um clima de bom humor.


Bjo na virilha!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sessão: Sacadas Geniais!

Domingo de manhã ele ia andando pela rua sem destino, principio ou religião. Cara de ressaca e vestindo uma camisa suja de baton com cheiro de bebida no ar. "Noitada das boas!" É a unica coisa a se pensar.

Os carolas e seus guarda-chuvas caminham destino a igreja. Um deles se espanta:
- Veja!
Diz o velho passando ao lado do bebum.
- Voce não tem vergonha rapaz?

Com olhar baixo e um leve sorriso ele responde.

- Vergonha, meu caro? Eu tenho, mas deixo guardada lá em cima do armário, que é pra ninguém ver!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Diálogos de consultório

Voltei a fumar! - Disse o Grilo falante.

Mas isso lhe faz mal! - advertiu o médico já enmendando uma pergunta - Por que cargas d'agua voltaste?

Porque também voltei a beber, seu doutor. - Respondeu o Grilo.

Mas isso lhe fará mal à recuperão do alcoolismo. - Disse o médico.

Ontem a noite botei fogo no AA, seu doutor. - Assumiu o Grilo.

Sem saber o que fazer o médico pergunta: Aceita um café?

Não! - esbravejou o Grilo falante - É que me faz mal às ulceras!

sexta-feira, 21 de março de 2008

A lua

A lua hoje estava linda.
Até mesmo o homem mais cego de amor pararia pra ver o seu explendor.
Imponente, marcante... Pagã.

"Oh, deusa lua!" eu oraria aos pés daquele brilho.
Um dia chuvoso, porém, maravilhoso, energico, cheio de boas novas.
Uma noite limpa, clara, de uma lua honrosa.

Nem sei mais o que me matem vivo.. se é o vinho ou essa paisagem. A vida anda mesmo em frangalhos, salários, lipos e photoshop.
Mas feliz anda a lua, que de fase em fase fica linda sem os holofotes.
Sem luz, camera e ação.

Do fundo do peito, no leito, o manto de ilusão.
Razão dos lunáticos de achar isso aqui um inferninho. Continuo achando que sou de lá, do lado de lá dessa alucinação.
A lua já fala pros quatro cantos de onde vem toda a ilusão.

Como disse um bêbado numa galaxia não muito distante: "Viva o amor, a verdade, a justiça e a vida. Nesses tempos modernos é tudo que nos mostra a saída."
A lua é a nossa saída.




Parabéns Jana pelo seu aniversário.
Obrigado amigos por existirem no meu caminho.
Obrigado a vida por me deixar sentir-me vivo.

Obrigado a tudo aquilo que me faz bem.
Entenda quem entender, doa a quem doer.
Nem tudo pode ser perfeito, mas tudo tudo pode ser vivido.

Bjo na virilha.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mais ou menos assim

O sol alpino, se apagando.

A lua surgindo.


A luz desse bréu que consome
A chama congelada.
Como dizia o poeta:






"O tudo... O nada"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Guerra de fantoches

Estamos diante do, talvez, maior acontecimento político do século. Fidel saindo do Estado. Americanos e americanizados(politicamente) do mundo todo sonhando com uma "Cuba Libre". Mas... Por que?

Ditadores democratas vs Ditadores comunistas.
Sim, não passam de ditadores.
Qual a diferença entre Fidel e Bush?
Fidel é muito mais bem humorada, na minha opinião.
Sim, eu sei. Fidel pensa muito mais no seu povo como um povo e não como uma maquina de eleitores. Porém, Bush ainda preserva o "direito" de cada cidadão de votar em quem quiser(como se fossem diferentes uns dos outros).
Jornalistas de direita enchendo a media de calunias heróicas da democracia, , barbudos de esquerda de luto pela "renúncia " de Fidel. Todos discutindo qual será o provável futuro da Ilha.

É complicado. Certo, errado. Quem vai saber?

Mas na verdade mesmo, o que vai mudar? O que deveria mudar? O que não deveria mudar?

Direita vs Esquerda = Uma contínua discussão ridícula sem frutos produtivos.
Esse xadrez de cheques intermináveis é só pra alimentar a televisão e os jornais. Deveríamos todos nós, cubanos, estadunidenses, latinos, europeus, asiáticos, lunáticos e marcianos. Todos nós deveríamos nos juntar e lutar contra esses impostores que fingem nos "governar".
Não existe governo se não o próprio povo. Quem responderá por você, se não você mesmo? Vamos acabar com essa corja de impostores nessa guerra de senhores. Lutemos então, não por uma "Cuba Libre", mas por um mundo livre.

Respeito, união e liberdade.
A mudança é necessária, uma mudança individual, uma mudança mutua.
O povo é o próprio estado!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

De Manhã

- Oi.
- Oi?
- Oi, tudo bem??
- Tudo e aí?
....
- Tudo.
....
- Será que chove??
- Se o vento virar.
....
- Mas... O vento virá?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Coração prateado

Me pego pensando no porto acabado.
No navio naufragado.
No estopim aceso.
Sou um marujo mareado!

Por quê o sol não se põe mais?
Cansei de viver à luz do dia, tentando me encontrar, confiando na intuição, de que é na noite o meu lugar. Mas a noite anda tão distante como as bruxas fujindo da fogueira. Magias, poções, receitas...Não sinto mais o sabor das maças envenenadas.

Volta lua...
Volta pra brilhar na minha janela.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ressaca

Acordei feito um trapo humano, sujo em lugar desconhecido. Acordei pensado ter sido abdusido.
Logo o sol me queima a retina, e faz minha cabeça girar, meu estomago me bate como se quisesse me matar.

Então a noitada veio à fora.
Abri a boca e deixei tudo jorrar.

Humilhante situação que eu me encontrava, minha cabeça era um balaio de gatos latindo em alemão.
Então tudo ficou claro...





Era só mais um domingo que começava.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mensagem Subliminar

Mariana anda estranha - Diz sua mãe para uma vizinha qualquer entre a sala de jantar e a cozinha.
- Ela acorda todos os dias rindo, olhando para a frutas e comentado o quão coloridas elas são. Deve ser o excesso de internet, as crianças de hoje em dia não saem mais da frente dessa máquina - continua a mãe. - Mas o lado bom é que ela anda mais calma, conversando mais. Esses dias discutimos por horas sobre o amor de mãe e filha. Ela me pareceu tão empolgada.Fomos passear um dia desses e Mariana me contava como é linda a harmonia entre os animais e a coexistencia sem necessitar de pudores e leis. Falou muito sobre a paz que ela buscava naquele lugar. Será que ela assistindo muito "discovey channel"? O você acha?

A vizinha exita por um instante. Então, concentrada em mexer na bomba de chimarrão diz: Deve ser a erva!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

The song.

"There's a time to walk away
And a time to learn
A time will come when I´ll know
Just when and where to turn
Until I know the answer
Faith is all I have
My trust is in the moment
Fear is in the past"

Keb' Mo

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Paz, amor... e sacanagem.

Um rapaz dito desempregado, estudante, amante da musica, amador na literatura e viciado indefinidamente em Rock'n Roll.
Sabe que o mundo é cercado de loucos, loucos de toda natureza.
E sabe que entre tantos malucos ele ainda prefere ser maluco beleza. Nasceu com a semente que brotava no fim da década de 90, cuidando do mundo, indo à fundo na preservação da natureza.
Nasceu no meio de um submundo, já subjulgado (sem)futuro da nação.
Aprendeu que é facil ser errado, é só se dar um pouco de razão, é só sonhar com o desacreditado, e pregar alternativas pra acabar esse "bolão" de "quem irá ganhar o premio de fim do mundo?". Façam suas apostas e continuem nesse maldita civilização.
Já nasceu livre, querendo fazer aquilo que quiser.
Sem querer já era querer estar longe, sair por aí a pé.
Encontrou no Rock o fruto da semente que brotou: Paz, amor, sexo e Rock'n Roll. Conheceu o gosto do alcool, das noitadas e da canalhice. Era um auto-didata da cafagestada, e mesmo assim um romântico que se entregava de corpo e alma nessa firulice. Amante do amor!
Não sabe pra onde vai.. nem de onde vem.
Esse rapaz já está na lista dos mais cotados a morrer ano que vem.
Se dependesse da opnião alheia já estaria entregue à sete palmos abaixo deste solo febril, mas é teimoso, acha gostoso viver a viada assim, "à mil".
A história está bem longe do fim, e ainda há muita coisa a se fazer.
Anarquizar, pacificar e definitivamente...

Viver!

Humor: Tenho amigos, discos e livros. E ainda tenho você. E ainda tenho muito mais pra querer.(Paz, amor... e sacanagem)
Beijo na virilha!