sexta-feira, 2 de março de 2012

O (pecado) capital e o relógio

A sexta-feira traz com ela as bruxas do pecado, e a segunda-feira nos traz os monstros da consciência. Entre o sábado e o domingo intercalo entre a gula e a luxuria sem muito rezar os padre-nossos. Durante a semana eu batalho, entre a preguiça e a loucura eu me vejo em meio ao trabalho.

O trabalho não dignifica o homem senão o escravo.

Quem foi aquele que se disse digno senão o aristocrata ao burguês, e esse segundo ao proletário?

A sexta-feira é sempre cheia de poesia, e o pitoresco da boemia reforça o gosto amargo de um cansaço desnecessário.