terça-feira, 7 de abril de 2009

Clarice.

O nome dela soou em meus ouvidos como uma canção. Entreguei-me ao seu olhar sem dizer uma única palavra. Ela me fitava como se enxerga-se a minha alma, lenta e calma se aproximou e sorriu. Era como um veneno fazendo efeito, fui morrendo no mais doce dos deleites que possa imaginar. Busquei uma palavra, um olhar, um ruído qualquer, alguma coisa que me forçá-se a uma reação. Ah, Clarice! Seria em vão qualquer atitude que eu tomasse. Ela me pegou em cheio, leus todos os meus desejos, me despiu ali, na frente de toda aquela multidão, me despiu sem que eu precisasse tirar sequer uma peça de roupa. Despiu minha alma de qualquer arma de defesa. Logo eu, que sempre fui tão esperto e coerente. Que medo dessa gente que tem veneno no olhar.
Clarice. Esse era o nome dela.


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Clarice se assemelha muito a Alice.