quinta-feira, 31 de julho de 2008

A minha lucidez é a minha insanidade

Impulsivo.

O que me move é a vontade, o desejo, o sentimento.
E tudo acaba sendo fogo pra atiçar a alma. Calma!
É isso que precisamos ter.
Mas porquê?
A minha lucidez é minha insanidade
O equilíbrio está muito além da calamidade.
Preciso encontrar o ponto, andar na corda bamba.
Nem tudo é caos.
Ora pra lá, ora pra cá.
O delírio e a adrenalina acaba me sendo normal.

É só a condição.
Pra continuar na estrada as vezes é bom andar na contra-mão.
E quem vai me dizer que é errado?

It's my way...

A vida passa, então de o seu primeiro passo.

Go ahead... Enjoy!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Amar e mudar as coisas, me interessa mais.

O tunel e a luz.
Tão distantes e tão próximos.
Já nem sei quanto tempo faz que andar no tunel nem era mais divertido, a luz que vinha era da máquina, sentir o chão tripidando e o barulho do motor nem davam medo.
Acabei dormindo, de tédio, em cima dos trilhos.
Mas acordei com um barulho diferente, pássaros talves. Como vou saber?
Tanto tempo ouvindo apenas a máquina vindo em minha direção.
Sei lá, talves fosse um trem fantasma, passou, foi embora.
A Luz ficou mais viva e mais forte. Mas ela não se move!
Eu vejo que pra alcançá-la, eu mesmo devo caminhar.
Cheguei a conclusão de que o trem é tudo aquilo que nos empurra pro penhasco, que vai afunilando as saídas. Mas descobri que ele passa e você nem sente, quando vê, você nem estava no mesmo trilho que ele, era só "pra dar a impressão". O destino tem dessas coisas.
É o desatino da percepção!
Porque a vida é muito mais que uma unica direção, você pode(e deve) manter-se forte, e se for preciso, mudar de trilho, ou talves voltar até a ultima biforcação e recomeçar o caminho. Porque em novos caminhos, sempre há novos horizontes, pode ser que você encontre o que tanto esperava. E quando isso acontece a vida tem outro sentido.
Só não fique no trilho errado, se não você perde o brilho, perde a vontade de mudar, aí o trem vem e já era.

Eu não sei se mudei, ou se apenas voltei ao caminho certo. Nem sei até quando vou seguir esse rumo.
Mas hoje eu vejo o sol.
Mesmo que pareça mais distante, é muito mais bonito. A vontade de ir de encontro é mais forte que a distância que nos separa.
E pra ver o sol basta querer mudar, basta querer amar, basta seguir a sua direção.

Como disse Belchior, e tão bem(e também) cantou Humberto.

Amar e mudar as coisas(hoje), me interessa mais.
Muito mais.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Serenata

Já passava das quatro da madrugada e ela permanecia acordada.
Angustiada olhando para a porta parecia esperar alguém, mas tudo indicava que ninguém estava pra chegar. Cortinas fechadas pra manter a privacidade. O café ainda estava na mesa, uma única xícara, farelos de pão, a faca suja e um cinzeiro cheio de bitucas ainda soltando fumaça. Na cozinha encontravam-se poucos pratos, três ou quatro, no máximo. A cama era de solteiro, apenas um travesseiro com fios de cabelo da mesma cor. Nada diferente, nada que indicasse que outra pessoas morasse ali. Ela nem havia tomado banho, vestia seu pijama amassado, cabelo despenteado, maquiagem ainda borrada do dia anterior. Definitivamente, não havia ninguém pra chegar.

O que, então, aquela mulher esperava?
"O amor" - Dizem os vizinhos.


Bobagem.
Se fosse isso ela estaria na janela.

sábado, 12 de julho de 2008

Wild

Acordei e o sol já estava alto.
Abri os olhos com dificuldade, o brilho intenso de um novo dia nunca antes tinha me cegado dessa maneira.
Comecei a me sentir preso ao ver aquilo somente através de uma janela "um por um"(1m²), e logo o desespero tomou conta de minha alma. Me senti como se o brilho estivesse fora do meu alcance, apenas me cegasse no intuito de ferir minha conciência, assim como os guardas fazem ao presos lhes mostrando boa comida e reflexos do sol que não podem ver. Me senti um presidiário sendo vítima dessa terrível atrocidade de ter negada a liberdade.
Sabia que era só abrir a porta e estaria livre, estaria pronto pra tomar banhos de sol, de pisar na grama. Mas algo dentro de mim fazia com que recuasse a cada tentativa de sentir o sabor da natureza, de sentir a pele queimando. Porque acontecia aquilo?
Não sei!

Mas eis que depois de travar uma batalha entre minha mente e meu corpo fui impulsionado pelo desejo de sentir-me vivo e pulei a janela num desesperado ato de liberdade.
Quando caí na grama senti a pele sendo esfolada, manchada pela terra, senti a grama raspando a cada centimetro do meu corpo e o sol, ah, aquele sol.
Era lindo, era extasiante me sentir parte daquela natureza.
Saindo da sombra, me senti a prórpia lua que iluminada por completo se torna mensageiroa do sol, da luz e de tantas outras coisas que não consigo expressar em palavras.

Foram horas deitado no chão cru, sentindo o perfume da relva, sentindo a sinceridade do mundo real. Basta ser sincero... pros erros cada vez mais certos basta ser sincero.
Os erros certos, nesse contexto é a negação de toda e qualquer forma de encarceragem do espírito, é a negação de qualquer opressão à alma.
Esses erros são cada vez mais certos porque cada um deles é sincero e natural.
E ainda assim são erros porque alguém nos diz que é.

Uma vez livre você será errado pra vida toda, acertando a cada passo.
Eis que surge daí um novo sentdio para o "Vagabundo Errante".

Fez-se o vento e mar,fez-se o sol.... fez-se a liberdade.