Acordei e o sol já estava alto.
Abri os olhos com dificuldade, o brilho intenso de um novo dia nunca antes tinha me cegado dessa maneira.
Comecei a me sentir preso ao ver aquilo somente através de uma janela "um por um"(1m²), e logo o desespero tomou conta de minha alma. Me senti como se o brilho estivesse fora do meu alcance, apenas me cegasse no intuito de ferir minha conciência, assim como os guardas fazem ao presos lhes mostrando boa comida e reflexos do sol que não podem ver. Me senti um presidiário sendo vítima dessa terrível atrocidade de ter negada a liberdade.
Sabia que era só abrir a porta e estaria livre, estaria pronto pra tomar banhos de sol, de pisar na grama. Mas algo dentro de mim fazia com que recuasse a cada tentativa de sentir o sabor da natureza, de sentir a pele queimando. Porque acontecia aquilo?
Não sei!
Mas eis que depois de travar uma batalha entre minha mente e meu corpo fui impulsionado pelo desejo de sentir-me vivo e pulei a janela num desesperado ato de liberdade.
Quando caí na grama senti a pele sendo esfolada, manchada pela terra, senti a grama raspando a cada centimetro do meu corpo e o sol, ah, aquele sol.
Era lindo, era extasiante me sentir parte daquela natureza.
Saindo da sombra, me senti a prórpia lua que iluminada por completo se torna mensageiroa do sol, da luz e de tantas outras coisas que não consigo expressar em palavras.
Foram horas deitado no chão cru, sentindo o perfume da relva, sentindo a sinceridade do mundo real. Basta ser sincero... pros erros cada vez mais certos basta ser sincero.
Os erros certos, nesse contexto é a negação de toda e qualquer forma de encarceragem do espírito, é a negação de qualquer opressão à alma.
Esses erros são cada vez mais certos porque cada um deles é sincero e natural.
E ainda assim são erros porque alguém nos diz que é.
Uma vez livre você será errado pra vida toda, acertando a cada passo.
Eis que surge daí um novo sentdio para o "Vagabundo Errante".
Fez-se o vento e mar,fez-se o sol.... fez-se a liberdade.
2 comentários:
liberdade, abre as asas sobre os que tem coragem...
Adorei o texto, muito bom!
very good...
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