quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Pecado
De quem
Com os olhos come
Não há sentimento
É só o calor da carne
É fome!
Os olhos nus
Sedentos
De profundos pecados
Devoram-se mentalmente
Entre olhares cruzados
E aí a luxúria
Condena ao fogo eterno
Revelando, febris
Dois corpos
Rolando no inferno
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Trágica Anáfora
Ana fora tão bela
Ana fora tão jovem
Ana fora tão forte
Fraco fora seu amante
Precoce fora sua morte
sábado, 2 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A navalha
A navalha do poeta é a palavra
Que em seus versos esculpe a face do leitor
Amável ou maldito, não importa
Corta a alma e expõe a dor
Classificado entre os 100 melhores no TOC140 da FLIPORTO
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
A voz da morte
Dizem que quando ela chega
E você ouve a voz da morte
Rapidamente em seus olhos
Projeta-se um filme da sua sorte
Mas ninguém se atreveu
Nem mesmo por um hobby qualquer
Dizer qual é a canção
Cantada por essa obscura vouyer
Hoje lhes digo, no leito eterno
Que é o som do azul infinito
Distorcido, afinado e aflito
Numa voz de paz que vem do inferno
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
À deriva
Rum no café para apreciar o mar
Vez em quando um cigarro me ajuda a pensar
A cada porto a vontade de partir
Meus sentimentos eu conservo
Entre a proa e o horizonte
Cortando as ondas e a brisa solitária
Meu coração naufragado em teu feitiço
Ó sereia, donzela dos prazeres proibidos
Tua maldição me prende ao vasto mar
Vã libido de água e sal
A caixa de tesouros do destino
É o rumo incerto, à deriva do teu canto angelical
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Estupor
esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer
esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir
esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir
Leminski
terça-feira, 24 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Poetinha
E você não sabe se é verdade ou se é drama
Então desencana
Que isso não leva a nada
Num copo mais profundo que o poema
Mil mágoas se afogam bem mais depressa
Nas rimas te torturo com os meus dilemas
E enquanto tu choras, madrugada afora
Declamo versos cafajestes
Desses ao pé da orelha
Para alguém que um dia quem sabe
Seja o meu problema
Em verso ou prosa
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Verso Livre
Meu bem, eu espero sinceramente
Que continue a me entorpecer, caliente
Causando essa eterna paixão de moleque
Eu espero também, meu bem
Que eu possa te fazer tão ou mais feliz
Quanto cada segundo que me mostra e me diz
Que serei do seu amor eterno refém
Pois venha então agora, pode entrar
A noite vem caindo e com ela o luar
Iluminará meus versos livres, de paixão
Pois a forma do amor pode ser assim
Não precisa ser reta do começo ao fim
Mesmo assimétrica é pura perfeição
terça-feira, 20 de julho de 2010
Just Because…
Parece que o mundo conspira
Eu sei, nem sempre isso é real
Mas sei que o todo mundo também pira
Então o mundo ou eu…
Sempre algum de nós está normal.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O Preço.
Aprendi que o preço é evitar a dor
Se todo amor tem no fundo uma ferida
Para que se viva sempre em calor
É preciso dominar a vida
A chama do amor também queima
Também arde
Temos que controlar a chama
Ou vira cinzas tudo o que era arte
Não pode faltar contato
Nem harmonia
Ou tudo vira motivo
E todo motivo vira ironia
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Falsos senhores
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Meio blues
Sinto o amargo da ressaca
A garganta ressecada pela fumaça
Os olhos vermelhos e cansados
Nestas manhas, seu sei
Minha compania foi embora
Fiquei com a gaita em dó
E cordas arrebentadas
Não me sinto bem nem mal
Me sinto só
Me sinto blues
Me sento ao sol das onze na varanda
O meu corpo pede água
Mas eu mando café e fumaça
Queimando como um vegetal
Tragos de inspiração e poesia
E a vizinhança toda
Voltando da missa
Pragueja e amaldiçoa
Volto pra sala mas não ligo a TV
Escrevo uma carta que ninguem vai ler
Faço canções sem melodia
Tomo uma dose de whisky, e a vida continua...
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Saudade
Nos paga algumas doses enquanto os carros nos convidam pra dançar pela avenida
Embora seja um pouco suicidade, todo amor é um pouco da morte
Lançados a sorte vivemos correndo o risco de topar com esse amor em qualquer esquina
Jogando com o azar a gente se atira pelos abismos da vida
Armadilhas do destino
Se Deus nos deu o sentimento do amor e o tato da arte
Sem duvidas foi o Diabo quem criou o cigarro e o conhaque
domingo, 3 de janeiro de 2010
O rock'n roll tocando, o barulho da água, o sopro do vento
Eu e o meu quarto, um suspiro de alento
A paz do ano que inicia ou a ansiedade do domingo que se acaba
Segunda-feira tudo vai voltar com esperança de novas águas
Correria constante, dia-a-dia de trabalho, horas cheias e horas vagas.
Mas e ligo a TV e só vejo as mesmas notícias de enxente