segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O mesmo mar.. com outro sol.

Eu ando um pouco descuidado com o blog.
Vir aqui semana passada me custou uma boa limpeza. Os link estavam cheios de aranhas e os textos todos empoeirados.
Vou fazer uma geral nisso aqui.
Hoje vou recomeçar a vida blogueira.

Pra recomeçar é necesário algo novo, ou bem atualizado. Então lá vai mais um fragmento dessa mente sem destino.


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Ao sumir, o sol tirou de mim um trago da esperança.
Já era sabido que o dia demoraria a voltar. Fiquei ali, fumando os filtros da saudade, praguejando sob a luz da lua. E o tempo passava lentamente, mas deixava intacta a lembrança, o cheiro, o sabor. E eu ficava lá atrás esperando o mesmo sol, o mesmo brilho, o mesmo entardecer.
E tudo foi mudando enquanto eu preservava a memória. Obsoleto!
Enfim a hora chegou, a lua sumiu e o dia nasceu.
Que descuido o meu.
O brilho era mais vivo, mais intenso, mais real.
Mas minha cabeça continuava a pensar naquele retrato, naquela magia antiquada. E eu insisti, teimoso, a crer que o tempo voltaria. Ah, que agonia.
Fui provar do novo sabor, mas o cheiro não era mais o mesmo, a quimíca não rolava no nossa lance de pele.
O pulmão nao partilhava da mesma fumaça.
Enfim entendi... é necessário mudar a praia.
Agora ando por aí, queimando de sol a sol... viajando de lua a lua.
O lance de pele tem que rolar na rua, pra sentir o sabor da realidade. Sem maldade.
As pessoas mudam... e foi preciso que eu mudasse também.

E agora as coisas caminham pro mesmo mar!

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