quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lance astral

Veio em ondas calmas e maré baixa, me convidando pra um mergulho
Me engoliu num caldo longo e profundo de paixão e loucura
Como uma pisciniana com jeito pra múcisa
Na ponta dos pés, suave e devastadora
Me pôs na dança, aguçou os sentidos
Num misticismo sem palavras
Fogo e água
Intercalando e fortalecendo os opostos
Unindo dois mundos
Indo cada vez mais a fundo nesse lance astral

Queimando a pele pra testar o tato
Comendo com com a visão e o olfato
Sigo me inundando, me entorpecendo desse gosto
Ouvindo e sentindo o vento no rosto
Elevando o sexto sentido bem acima da emoção

Parece exagero, talvez poesia
Mas a gente colhe aquilo que planta
E convive com aquilo que cria
E se há opções nesse jogo da vida eu escolhi mesmo essa estrada
Pro tudo ou nada
Os dados foram lançados a sorte
Daqui a até morte
A roleta russa tá girando e nós só temos um disparo!

E se não der pé
Nós ainda podemos mudar o calibre

Um comentário:

J. disse...

a vida é uma roleta gigante
mas não há adrenalina como a de se afogar.